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Alongamento antes do treino, ajuda ou atrapalha??

Como o alongamento estático antes da atividade física pode impactar a performance do atleta durante o exercício.


 

Algumas pesquisas descobriram que o alongamento estático pode ter efeitos prejudiciais no desempenho do atleta. Isso não quer dizer que o alongamento deva ser eliminado do treinamento, mas deve ser incorporado de maneira inteligente na rotina de treinos diária, pois o alongamento recorrente pode melhorar a amplitude de movimento de uma articulação e assim, aumentar o desempenho de força e potência.


Embora o alongamento estático melhore a flexibilidade, existem poucas evidências científicas que ele evita lesões ou melhore o desempenho atlético. Mesmo atletas que competem em esportes que exigem altos níveis de flexibilidade, como ginástica ou mergulho, devem considerar os benefícios em relação as preocupações ao decidir se devem ou não incluir exercícios de alongamento estático na rotina de aquecimento.


Um corpo crescente de evidências de pesquisa indica que o alongamento estático pré atividade física, tem um efeito negativo na produção de força, potência, resistência, tempo de reação e velocidade de corrida. Em um estudo que examinou os efeitos do alongamento estático no desempenho de corrida em atletas de atletismo, os pesquisadores relataram uma diminuição de 3% no desempenho de corrida de 40 m. Embora alguns dados sugiram que o alongamento não tenha efeito de curto prazo no desempenho, a maioria das evidências disponíveis indica que pode ter efeitos prejudiciais no desempenho ao longo do tempo.


Acredita-se que o efeito induzido pelo alongamento esteja relacionado a uma diminuição da ativação neural, redução da rigidez musculotendinosa ou uma combinação de fatores neurais e musculares. Como o alongamento estático pode resultar em dano muscular (evidenciado por níveis elevados de creatina quinase no sangue), também é possível que o dano tecidual explique, pelo menos em parte, os decréscimos no desempenho induzidos pelo alongamento. Embora os efeitos indesejáveis no desempenho sejam cada vez mais aparentes, pesquisas adicionais são necessárias para determinar os mecanismos precisos de decréscimos de desempenho, bem como os protocolos de alongamento e condições de desempenho que produzem esse efeito adverso.


Vale ressaltar que as reduções observadas no desempenho após alongamentos estáticos podem, em alguns casos, durar até uma hora. Como mesmo uma mudança de desempenho de 1% pode ter uma influência perceptível no resultado do atleta, tanto em esportes individuais quanto em equipe, as pequenas mas significativas mudanças no desempenho devem ser consideradas pelos treinadores profissionais. De fato, várias organizações de condicionamento físico e médico, incluindo o Colégio Americano de Medicina Esportiva e a Associação Nacional de Força e Condicionamento Físico afirmam que o alongamento estático antes do exercício pode afetar e prejudicar o desempenho atlético, principalmente em esportes que envolvem força e potência.


Os atletas devem realizar o alongamento estático pós-treino ou em uma sessão de treinamento separada. Em alguns casos, no entanto, atletas que praticam esportes que exigem altos níveis de flexibilidade podem se beneficiar do alongamento estático antes do exercício como por exemplo: ginastas. Estes precisam melhorar a flexibilidade e podem realizar alongamento antes do exercício ou após um aquecimento geral.


Como o alongamento estático tradicionalmente faz parte de muitas rotinas de aquecimento, os preparadores físicos precisam estar cientes dos estudos antes de prescrever protocolos de treinamento de flexibilidade para equipes esportivas. Em alguns casos, os atletas que rotineiramente realizam alongamentos estáticos (e têm fortes crenças sobre seu valor) podem precisar ser informados sobre as conseqüências indesejáveis ​​de uma redução no desempenho atlético.

 

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